quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Novo blog

Amigos, estou com um novo blog. Gostaria muito que o conheçam e o acompanhe. Ele tem dois endereços de acesso: www.angelicanicoletti.com.br e www.estiloangelica.com.br. Entrem lá e depois opinem sobre ele. O meu e-mail é blog@angelicanicoletti.com.br

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Salve-se quem puder ou, melhor, quando o cavalheirismo é assunto do passado

Nem sempre as palavras acompanham as mudanças de hábito. Certo?
Exemplo é cavalheirismo, que, a despeito de ter sido uma palavra consagrada como ação do gênero masculino, nos últimos tempos acabou incorporada, pasmem, aos hábitos femininos. Quem é mulher sabe que pedir um help para outra mulher tem sido mais eficaz do aos ditos cavalheiros. Bem, mas nos dicionários, entre as definições de cavalheiro estão: “par de uma dama na dança” e “homem de boa sociedade e educação”, mas não é exatamente o que vemos por aí...
OK, concordo com a turma do neo, digo, do novo: mudanças estão aí para serem incorporadas, mas acho que o estágio da humanidade bem que poderia incorporar só os bons hábitos e costumes. O mundo certamente seria melhor.
Por que não separamos o joio do trigo? Por que não paramos de aceitar toda e qualquer mudança como regra absoluta? Até onde eu sei, o sexo forte fisicamente ainda é o masculino, o que por si só justificaria a continuidade do cavalheirismo se não em todas, em muitas situações.
Aliás, alguém se habilita a ceder seu assento em um consultório, num laboratório, num ônibus ou em uma fila para uma grávida, uma idosa? Bem, com a situação que presenciei neste fim de semana, chego a conclusão que não.
Vamos à cena: estava eu na fila do caixa de um badalado bar quando uma moça que estava à minha frente foi avisada pelas amigas que o bolo de aniversário de sua mesa estava chegando e só estavam esperando por ela para cantar o tradicional Parabéns. A mocinha em questão, vendo que na frente dela estavam seis rapazes de uma única mesa (vários deles usando a camisa bordada com nome e logotipo de uma empresa), sorridentemente perguntou se poderia passar à frente, justificando que uma aniversariante a aguardava e que ela estava com o dinheiro à mão, o que não tomaria nem 30 segundos de espera deles. Sabe qual foi a resposta mais amena dos seis ‘cavalheiros’: “você é muuuuuuito folgada”. As demais nem preciso dizer...
A garota ficou passada, praticamente congelada com a resposta, que bem poderia ter sido limitada a um ‘não’. Diante de tanta ferocidade - afinal eram seis homens gritando só porque houve um pedido justificado para passar à frente -, a garota, depois de tomar ar, respondeu, enquanto assistia à distância o bolo de aniversário ser cortado: “Pois é, o cavalheirismo está morto, enterrado e já teve missa de sétimo dia, a qual nem fui”. As demais mulheres da fila, que também aguardavam os seis marmanjos lembrar com lentidão as senhas de seus cartões de débito, foram solidárias à moça, que, como havia previsto, demorou menos de meio minuto para pagar a conta.
Conclusão: salve-se quem puder!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cineminha



Adoro cinema. Não me coloco na categoria de cinéfila ou crítica versada, mas sou bem capaz de rever Encouraçado Potemkim sem pestanejar e delirar com a genialidade de Eisenstein ou de vibrar com os movimentos de câmera em Cidadão Kane. Sou tão fã dos diretores da Nouvelle Vague, em especial de Truffaut. Se alguém viu Jules et Jim ou Duas Inglesas e o Continente, sabe do que falo. E confesso que acho fan-tás-ti-co o western Sete Homens e Um Destino. Enfim, meu gosto cinematográfico é pot-pourri, a ponto de me dar liberdade de destinar muitos começos de noites de domingo a uma sessão pipoca (aliás, quentinhas e com manteiga) bem à la Sessão da Tarde. Ir ao cinema aos domingos, para mim, pede um roteiro leve e nada indigesto, como as comédias românticas, bem água com açúcar. Acho que esse tipo de escolha tem mais a ver com a dinâmica da segunda-feira do que com o próprio domingo. Afinal, se as horas do domingo se arrastam, o mesmo não posso dizer das de segundas-feiras, que já começam aceleradas.
E foi nesse espírito que junto com amigas fui ver o Ele Não Está Tão A Fim de Você. Baseado em um best-seller de autoajuda que, em resumo, dá dicas sobre se o homem está interessado ou não em você. Mas do que pelo enredo, fui atraída pelo elenco estelar: Jennifer Aniston, Drew Barrymore, Ben Affleck, Jennifer Connely, Scarlett Johansson e o bonitão Bradely Cooper.
Dei boas risadas junto com o resto do público. E este, não parava de tagarelar, sem dúvida houve identificação. São tantas as personagens que é impossível não achar uma ou pelo uma situação vivida por uma delas que nos faça recordar da vida real. Mas, apesar da diversão fast-food, acho que o tiro saiu pela culatra. Explico: de tão leve, o filme chega a irritar com tantos comportamentos contemporâneos de mulheres que buscam o amor via internet, embebedando-se de bar em bar ou, ainda, distribuindo seus cartões para o primeiro que dá um pouquinho de atenção. Há ainda a polarização de uma professora de ioga sexy, loira e desencanada, com uma morena, rabugenta e assexuada que estão envolvidas, respectivamente, como amante e esposa, com o personagem de Bradley Cooper.
Enfim, são mulheres girando sempre em torno dos homens, que, por sua vez, são colocados como mestres em dar perdidos. O filme dá tantas voltas que perde sua graça. Pensando bem, Almodóvar teria feito desse enredo um clássico; não tenho dúvidas: talvez um Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos 2.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Uma viagem pelo décor




O sotaque foi francês na tarde de segunda-feira na esquina das ruas Colômbia e Nicarágua, em São Paulo, em coquetel à base de ratatouille e foie gras servido na loja de decoração e mobiliário Tânia Bulhões Home. O toque nacional ficou por conta do espumante rosé, oferecido aos convidados no lançamento da coleção outono-inverno. A repaginação é um evento semestral da loja, que leva o nome de sua proprietária e ocupa 3.000 metros quadrados de prédio inspirado em um petit palais. Lá, estão abrigados itens de dimensões que vão de uma taça Baccarat a um lustre de 800 pingentes de vidro Murano. A maioria das peças é de encher os olhos de defensores do estilo clássico (como talheres dourados e porcelana Limoges) - ainda que também se encontrem ares contemporâneos, como a poltrona Egg, que nesta temporada surge na loja-palacete forrada em couro de vaca. Talvez uma homenagem Tânia (foto abaixo) a sua terra: Uberaba, um dos berços da pecuária.


Nas alturas
O senso de humor de Tânia Bulhões que só os mais íntimos conhecem foi destacado por Olga Krell, a papisa do mundo décor ao analisar itens como enormes lustres em forma de balão expostos na casa.


Sacolinha
Uma das rodas mais animadas no coquetel foi formada por nomes da região:o arquiteto andreense Luís Guilherme Bombana e a advogada tributarista Paulinha Chiea, de São Caetano, e seu namorado, o empresário paulistano Ricardo Cury. Paulinha, aliás, às vésperas do casamento, saiu de lá com um conjunto de café da manhã para a casa da família no Guarujá.


Variedade
Fábio Arruda, consultor de etiqueta da revista Dia-a-Dia, do Diário, checou e aprovou a seleção das peças. "Adoro a mistura de estilos.
E-mail: angelicanicoletti@dgabc.com.br



quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Para ver de novo


Há filmes que são imediatamente esquecidos após deixarmos a sala de cinema. Há outros que nos fazem sair aos prantos. E, na infindável lista de reações, há os ainda que nos fazem sonhar. Assim é com Austrália. Como um sonho, há uma dose de realismo fantástico nesse filme estrelado por Nicole Kidman e Hugh Jackman.
O galã interpreta um vaqueiro rebelde e barbudo, denominado pela função que exerce: Capataz. É visível a aversão à britânica de pele alva Lady Sarah Ashley, que na década de 1940 sai de sua terra-natal para reencontrar o marido que havia viajado para vender terras do casal na Austrália.
A lady é ironizada pelo cowboy, enquanto ela vê nele um rude vaqueiro em sua na fazenda, Faraway Downs, na qual, ao chegar, encontra o marido morto. Isso poderia virar um dramalhão, mas nas mãos do diretor Baz Luhrmann é um dos inúmeros retalhos que formam o patchwork de gêneros explorados no filme: aventura, comédia, drama e romance.
Épico para toda a família, o filme faz relembrar clássicos. O Vento Levou é um deles. É pouco provável não pensar nisso ao se ver a transformação da aristocrática Sarah na briguenta fazendeira que luta para salvar sua propriedade. Scarlett O´Hara (Vivien Leigh) também lutou com unhas e dentes por todos os pedaços de terra de sua Tara. Ambas tiveram a seus lados cavalheiros: diga-se de passagem, meios às avessas, mas protetores e bonitões, cada qual com seu estilo. Scarlett com Rhett (Clark Gable) e Sarah com o Capataz, Mas as semelhanças acabam aí.
Do ponto de vista psicológico, Sarah está mais para bondosa Leslie, interpretadapor Elizabeth Taylor em Assim Caminha a Humanidade. Enquanto Leslie cuida dos pobres, Sarah os traz para sua casa e até cobre de atenções maternais um órfão, Nullah (Brandon Walters). Meio-aborígine, meio branco, Nullah tem destaque crescente na trama, à qual, inclusive, narra. O menino e seu avô, o Rei George (David Gulpilil), são responsáveis pela magia da história. Há uma passagem na qual o cântico de ambos interrompe o estouro de uma boiada.
As cenas externas também se destacam, principalmente quando as planícies do Território Norte ganham as telas durante travessiá vitoriosa de 1.500 cabeças de gados feito por um grupo improvável: uma empregada doméstica, dois pastores, um contabilista obeso, um cozinheiro asiático, Nullhah, Sarah e o Capataz. Nessa passagem são apresentadas paisagens que lembramos filmes John Huston, consagrado por dirigir westerns de primeira linha e esbanjar em tomadas panorâmicas.
Em Austrália o registro nas grandes cenas salienta contrastantes de luzes: da claridade do deserto à escuridão do mesmo. É nesse ambiente que a platéia feminina delira com um banho de balde do personagem de Hugh Jackman. já considerado um dos homens mais sexies do mundo.
Outros suspiros virão, um deles é quando o Capataz usa um smoking. Quando isso ocorre, a química entre Sarah e o Capataz não deixa dúvidas no espectador.
Com a paixão, o agora casal rompe com padrões próprios e com os da sociedade puritana da época. A união, no entanto, se desfaz até o surgimento de motivos que os afastam: Segunda Grande Guerra, risco de venda da fazenda, a possibilidade do casal perder Nullah e a resistência do Capataz em se entregar plenamente ao amor para não sofrer como no passado.
O trio se separa e só se reencontra após o amor de todos ser testado a extremos e em meio a bombardeios de aviões japoneses. É o apogeu dos sentimentos que permearam toda a trama, longa e que apresenta muitos finais antes do verdadeiro The End.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Aqueles 'labios rojos'...



E por falar em divas (como no texto anterior), também vou lembrar a existência dos batons vermelhos. Sim, isso mesmo. Quando bem aplicados são capazes de até desviar a atenção de olhos e olhares como os de Maysa. Se ela usou e abusou do delineador, o mesmo se pode dizer da coloração em seus lábios. Particularmente, sou favorável a algo menos over. Explico: lábios marcados, olhos discretos e vice-versa. Mas Maysa pode, como também pode Marilyn Monroe, só para lembrar outra artista intensa, de vida intensa. E não esqueçamos da Amy. Coerência também pode ser a escolha do batom. Isso me fez lembrar artes plásticas. Bem, isso fica para outro dia.
Quem entende do assunto é o maquiador Fernando Torquatto, um dos mais badalados da cena make e hair do País. Tanto que para Larissa Maciel, a atriz que se caracterizou de Maysa, ele foi buscar na cartela de O Boticário o tom exato. Leitoras, sabem qual foi o escolhido. Vermelho Diva. Anotem, afinal também podemos ter nosso dia de musa!


Batom Perfeito , O Boticário, R$ 26,90.
Seu principal benefício é a alta cobertura e longa duração